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Resenha: O Príncipe | Nicolau Maquiavel

Oiii genteee!!! Tudo bem com vocês?


Hoje o livro abordado, é um clássico de Nicolau Maquiavel, "O príncipe", por isso, está será uma resenha diferente das demais. Fiz uma resenha mais detalhada e extensa do livro, abordando os primeiros capítulos, espero que gostem!

No primeiro capítulo Maquiavel já começa apresentando alguns conceitos, como o que diz que todo Estado que exerce poder sobre um povo ou é república ou principado, e explica ainda que existem dois tipos de principados: Hereditário ou nascente, citando exemplos de cada um. Diz que podem haver dois tipos de conquistas, a feita através da fortuna ou por mrito, que chama de virtu.

Maquiavel informa que não falará sobre a república, pois já fez isso em outro lugar. Então começa a falar dos principados, especialmente dos hereditários, afirmando que é menor as dificuldades de conservar um, se já está arraigado o sangue daquela família, pois para perder o poder, o príncipe terá que ser malvisto pelos súditos, se não, não verão necessidade de mudança.

Os principados mistos também são tratados, o qual Maquiavel discorre de como é difícil mantê-los, pois os homens acreditando em melhorias, substituem seus governantes, o que afirma ser ilusório, pois vão pegar em armas e lutar contra o príncipe, porém, mais tarde, verão que sua situação deteriorou-se, reclamarão então, sempre do novo príncipe.

Além de dizer que para o sucesso das tropas do príncipe, é preciso a ajuda do povo local, é citado um exemplo onde isso ocorreu e o mesmo perdeu o poder. Maquiavel afirma que se os Estados conquistados unem-se com mais antigos e mantêm a mesma língua, mesmos costumes, é mais fácil de mantê-los. Porém é necessário eliminar a raiz do príncipe antecessor, se quiser conquistá-lo de forma mais segura. Pois, se manter os costumes, os homens viverão de forma pacífica. Então, segundo ele, duas coisas são muito importantes: Eliminar tudo que se diz respeito ao antigo soberano e não alterar suas leis.

Há situações que o príncipe conquistará um Estado com língua e costumes totalmente diferentes, a partir disso, Maquiavel diz que é preciso contar com a sorte, o que chama de fortuna. Contudo, ele faz algumas orientações, como morar nas terras conquistadas, pois é uma das medidas mais eficazes a serem feitas, já que assim sua posse será mais segura e duradoura. Diz ainda, que assim feito, os funcionários do príncipe não espoliarão, pois saberão que os súditos podem facilmente recorrer ao mesmo.

Outra medida sugerida, é mandar colonos para parte do principado, pois se assim não for feito, haverá necessidade de enviar milicianos e peões, o que acarretará mais gastos aos príncipe e lesará mais pessoas, pois se enviar os colonos afetará “apenas” as pessoas a quem as moradias foram tomadas e ainda, estes não serão suficientes para conspirar contra o príncipe e servirá de exemplo para ou outros não cometerem nenhuma infração.

O autor aborda o por quê os súditos de Alexandre Magno, não se rebelaram, mesmo depois de sua morte quando isso parecia óbvio.

Ele afirma que todo principado que se existiu, foi governado de um destes dois modos: Ou quando os servos ajudam seu príncipe por graça e consentimento, ajudando como ministros a governar seu reino, ou por um príncipe e representantes de um baronato, por direito hereditário assumem essa condição. Então, os Estados governados por um príncipe e seus servos, tem o mesmo como único soberano, ao contrário do príncipe e o baronato, pois cada barão possui seus próprios súditos.

Maquiavel narra sobre a diferença entre um e outro, inclusive sua consolidação mais tarde. No primeiro, o qual é mais difícil tomar o poder, pois não se pode contar com ninguém, pois todos obedecem apenas ao príncipe, porém depois da vitória se torna muito mais fácil, pois o povo não terá a quem obedecer. Já o principado com baronato, haverá sempre aquele descontente afim de mudanças, contudo, será mais complexo após a vitória, pois há muitos no poder.

O autor discorre ainda, sobre como um príncipe deve agir após conquistar um Estado que vivia nas suas próprias leis, com liberdade. Ele começa apontando três soluções: a) destruindo-os, b) mantendo moradia fixa ali, ou c) permitir que vivam conforme suas leis, mas cobrando um tributo e criando um governo oligárquico.

Porém, ele trata de maneira indiferente sobre a vida das pessoa, sugere então, que quando estão muito acostumadas com a liberdade e lutam por ela, as melhores opções para o príncipe são arrasá-las ou habitá-las.

O homem deve seguir os passos daqueles que obtiveram sucesso em sua caminhada e tornaram-se grandes referenciais de êxito. Mesmo que não seja atingido o mesmo patamar deles, de algum proveito terá sido a caminhada.

O príncipe pode chegar ao poder por sorte ou virtude, sendo nesse segundo caso mais fácil manter sua hegemonia e conservar o principado. As dificuldades que por ventura aparecerem serão em decorrência das mudanças dos sistemas de governo, que provocarão forte oposição e revolta daqueles que eram favorecidos pelas antigas normas.

Por outro lado, os favorecidos pelas novas regras representarão apoio de pequena expressão. Em suma, custa ao príncipe muita fadiga para conquistar o trono e pouca para mantê-lo.

Os príncipes afortunados facilmente ascendem ao poder, mas apenas o mantêm com muito esforço, já que estão subordinados a quem os concedeu o poder e não saberão lidar com a liderança do Estado, pois não estão acostumados, com exceção daqueles que possuem virtudes para conservar o poder criando bases que sustentem o seu principado.

São necessárias medidas para que o príncipe proteja seu território: garantir-se contra seus inimigos; fazer amizades; conquistar pela força e fraude; fazer-se amado e temido pelo povo; fazer-se seguido e reverenciado pelos soldados; destruir os que podem e querem ofendê-lo; inovar antigos costumes; ser bom e severo, magnânimo e liberal; suprimir uma antiga milícia e substituí-la por outra; manter a amizade dos reis e príncipes para que tenham satisfação em assisti-lo e medo de injuriá-lo.

Está equivocado o príncipe que pensa ser possível fazer com que políticos se esqueçam de antigas injúrias em função de novos benefícios.

Se gostaram da resenha e quiseram mais desse tipo, deixem aqui nos comentários!

Um grande beijo, K. R. G.

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G-mail: capaliteraria.blog@gmail.com

Comentários

  1. Gostei muito da resenha, muito bem escrita e ótima para usar como resumo!! Tive que ler esse livro na faculdade ano passado, mas por falta de tempo acabei lendo só um resumo, como o teu, mas mais extenso e detalhado, ainda pretendo ler a obra completa!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito obrigada! Eu fiz resumo deste livro na faculdade, então achei interessante trazer ao blog. Mas sempre vale a pena ler a obra!

      Excluir

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